Alimentação natural: auxílio no tratamento da insuficiência renal
Coluna do Vet

Alimentação natural: auxílio no tratamento da insuficiência renal

Como a alimentação natural pode ajudar animais com problemas renais?

Os rins são órgãos de extrema importância no organismo, mas também suscetíveis a diversas doenças, entre elas a Doença Renal Crônica (DRC). Essa é caracterizada pela alteração na função e/ou na estrutura dos rins e pode ser percebida inicialmente por um aumento na ingestão de água e consequente aumento da quantidade de urina que se mostra bem clara, além da perda de apetite.

À primeira suspeita, leve seu animal a um veterinário que irá avaliar e diagnosticar corretamente, com base em exames de sangue e imagem, o grau da doença.

Por se tratar de uma doença progressiva, é importante que cuidemos para aumentar o tempo e qualidade de vida, prevenindo e minimizando os efeitos da doença.

Mito da proteína em excesso

Pensando na dieta destes animais, um grande mito é a proteína em excesso na dieta. Apesar de ser uma doença multifatorial, este não é um fator que leva à DRC. Alguns fatores que podem contribuir, no entanto, são inflamações crônicas, idade avançada, hidratação, fármacos, pressão alterada, doenças infecciosas, toxinas, predisposição, entre outros.

Mas então como devemos fazer com a alimentação destes animais, uma vez que o rim está intimamente ligado ao processo de excreção? Existem as opções comerciais, mas na minha opinião, sempre que possível, uma alimentação natural, personalizada e balanceada vai ser melhor. Mas para isso é de extrema importância ter o acompanhamento de um veterinário que elabore e acompanhe esta dieta de perto, já que cada etapa da doença tem requerimentos específicos.

Alguns pontos importantes na dieta são: uma dieta equilibrada (daí a necessidade do veterinário), variada (esses animais enjoam com facilidade de sempre comer a mesma coisa) e muito palatável (temperinhos, comida morna exalando cheirinho). A hidratação para eles é fundamental, então a alimentação natural por ser mais úmida já contribui para isso, mas não deixe de ter água fresca disponível sempre. Mais que o teor de proteína (que deve sim ser acompanhado de perto nestes animais), o teor de fósforo deve ser muito bem controlado e não se esquecer dos famosos ômegas.

Por fim, além da alimentação, alguns nutracêuticos também podem ser favoráveis nesse quadro, por isso consulte sempre um veterinário para elaborar o melhor tratamento nutricional para seu cão e não deixe de fazer o acompanhamento clínico com frequência.

M. V. Mariana Ramos (@mv.mariramos)
Médica veterinária integrativa
CRMV-SP 34.457