Os motivos são muitos e a discussão daria para virar a noite numa mesa de bar. Mas sabemos que algumas coisas já são fato na diferença entre medicina humana e veterinária.
A vida do ser humano tem mais valor do que a do animal?
A primeira é o especifismo. Ainda temos a tendência de achar que uma espécie tem mais direito à vida e ao bem estar do que outra. Por exemplo: A vida de uma pessoa valer mais do que a de um cachorro, a vida de um cachorro valer mais do que a de um hamster, a vida do hamster valer mais do que a da planta… enfim…
É uma discussão profunda e muito difícil de se mudar no âmbito do paradigma atual da nossa sociedade.
Porém a medicina veterinária tem um papel muito importante, ao menos na parte que condiz a diferenciar o valor da vida humana quando comparada à vida animal.
Muitas situações, hoje comuns na medicina humana, ainda são impensáveis na medicina veterinária. E isso, precisa aos poucos ser mudado.
Nesse post trago exemplos dessas situações e como podemos passar a ver como uma prática comum nas clínicas e hospitais veterinários.
Entrada separada para emergência e atendimento geral
Para que essa seja realidade na veterinária uma questão precisa ser considerada:
- Um plantonista específico para a parte de emergência (Não adianta o animal entrar por uma porta separada e lá dentro ficar esperando na fila por que só tem um vet atendendo e ele está fazendo uma vacina)
Por que esse situação é tão importante num atendimento veterinário? Por que muitas vezes animais em situação de emergência / urgência, aguardam em recepções (enquanto o único vet de plantão precisa finalizar um atendimento). Emergências precisam ser atendidas rápido e disso já sabemos. A entrada diferenciada é apenas algo físico, mas que mostra ao cliente que ele terá prioridade no caso dele. E que pode ficar tranquilo que será atendido com a maior rapidez possível. Além disso, evita o desconforto dos outros clientes que estão na espera.
Local para o acompanhante do paciente na internação
Essa questão traz vários questionamentos e irei trazer a discussão a tona. Tragam a opinião de vocês aqui também
O acompanhante pode atrapalhar algum procedimento, gerando atrasos e também, por não entender o processo, pode achar que o Veterinário está fazendo errado.
Vamos levar essa mesma consideração na parte humana? Hoje os pets são iguais a filhos. Já pensou uma mãe ou pai ser impedido de ficar junto de uma criança internada?
Agora como um hospital humano resolve o problema da interferência do responsável?
- Primeiro entenda que não é “interferência” é “preocupação com um ente amado“. E aí lide com a situação. Não tem jeito.
- Em procedimentos mais envasivos ou difíceis, avise que a família não pode acompanhar e precisa se retirar da sala. (Inclusive tem escrito isso nos termos que assinamos em um hospital humano, e deveria ter nos termos do hospital veterinário também.
- Ter uma equipe. A medicina veterinária precisa se unir e exigir que possuam apoio de equipe da mesma forma que a medicina humana: Auxiliares, enfermeiros, outros médicos, recepcionista. (Chega de aceitar com tranquilidade plantões onde o veterinário fica 12h sozinho em uma clínica esperando uma emergência chegar)
Vet, o que você acha dessa discussão? Acha que está na hora na medicina veterinária ser tão valorizada quando a medicina humana? Qual o papel de cada um de nós nesse processo?
O papel da Agência Pet já está bem claro: Facilitamos a comunicação dos Veterinários com os tutores para educar o pais de pets e valorizar a medicina veterinária.
E o seu papel? Qual é?